Scrapbook quando começou?

"Scrapbooking não é apenas um ofício ou uma maneira de passar o tempo, mas uma atividade séria projetado para falar com o futuro sobre a vida como a conhecemos", diz Buckler.
Os ensaios em seu livro são escritos por historiadores, bibliotecários e curadores. Pense nisso: álbum de recortes de hoje é artefato de amanhã. Meu ensaio favorito descrito "casas de scrapbook," que foram feitas por meninas e mulheres entre 1875 e 1920. Elas descreveram seus próprios mundos cheios de detalhes realistas e fantasiosos, no que hoje chamamos de "álbuns de colagens".
O conselho de Buckler aos detentores de scrapbook da atualidade é "levar a sério a importância de incluir não apenas fotografias e decorações, mas também os itens reais que representam bilhetes, programas, certificados, convites de casamento e nascimento, etc. Com isso não vamos perder dados importantes sobre a vida diária. "Ela também incentiva a escrever comentários com sua própria caligrafia para seus netos virem ou reconhecê-la em outros documentos da família”.
No século XV, surgiu na Inglaterra, livros/cadernos populares como uma forma de compilar informações que incluía receitas, citações, cartas, poemas e muito mais. Álbuns de amizade tornaram-se popular no século XVI.

Nos Estados Unidos, a arte do scrapbooking chegou a século atrás e desenvolve-se, principalmente, no norte, nas regiões de religião Mórmon que valoriza a preservação da história de seus descedentes. Quando viajavam, enviavam aos seus familiares lembraças de lugares e esses montavam os álbuns que hoje denominamos scrapbook (sem fotos na época de 1800).

Em 1825, foi impresso o primeiro livro de scrapbook chamado ”The Scrapbook”. Nele foram publicadas idéias de como usar recortes de jornal para preencher um álbum em branco.
Por volta de 1850, foram criados livros que eram mantidos em família por muitos anos. Neste momento, criar livros de recorte virou moda entre os americanos de classe-média.

As razões para se fazer um “álbum de recortes” naquela época são as mesmas até hoje, expressar pensamentos e sentimentos, preservar memórias, guardar momentos especiais, passar histórias por gerações, relembrar. Por isso, quem tem seus álbuns de scrapbook os matém como um tesouro.

Com o aumento do interesse das pessoas pelo scrapbooking, começaram a produzir uma enorme variedade de produtos que poderiam ser recortados e colados nos álbuns, e a produzir uma gama de materiais, papéis e cola, próprios para aquivamento (livre de ácido e lignea no caso dos papéis).

A diferença básica entre os primeiros álbuns de scrapbook e os de hoje são as fotos. Atualmente, as fotos são o elemento principal de um álbum, ao contrário do que foi um dia, pois, somente quando a primeira câmera foi inventada em 1826, que as fotos de família foram aparecer nos álbuns. Com o tempo as pessoas passaram a guardá-las como recordação, inclusive dentro dos cadernos e álbuns de memórias. E assim iniciou-se o processo que conhecemos hoje.

O ano de 1980 foi decisivo na história do scrapbook moderno, pois, neste ano, Marielen Christensen compartilhou 50 volumes dos livros de memórias de sua família na Conferência Mundial sobre recordes, em Utah. Os álbuns geraram tanto interesse que a família Christensen abriu a primeira loja de varejo denominada “Keeping Memories Alive”.

A partir de 1990, com a explosão de publicações sobre idéias e materiais, que o scrapbook ganhou velocidade e se tornou um dos mais crescentes passatempos da América. Graças a Internet o scrapbook passou a ganhar popularidade no restante no mundo. O número de sites cresce rapidamente, assim como o de lojas. Tudo isto faz girar e crescer uma indústria cada vez mais promissora.

Nos Estados Unidos, o scrapbook superou o golfe na popularidade. Uma a cada cinco famílias americanas tem alguém que joga golfe para uma a cada quatro, tem alguém que faz scrapbook.

No Brasil o scrapbook é uma prática relativamente nova, mas que a cada dia conquista um público cada vez maior. A Scrap By Anas, loclizada em Niterói no Rio de Janeiro, foi criada para comercializar, colaborar, divulgar, divertir e ensinar em sua loja/ateliê as técnicas e informações, os produtos, materiais e projetos tradicionais e afins sobre o mundo do Scrapbooking.



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